sábado, outubro 28, 2006

Canções em modo menor

Olá!
Cá estou eu, com a mais difícil [e deliciosa!] das missões: escrever sobre música. Acabo de me dar conta de algo inédito, preciso de silêncio pra isso!
Para evitar que as coisas não saiam como o previsto escolhi duas bandas - que dispensam comentários - Delicatessen e Móveis Coloniais de Acaju.
Antes de qualquer coisa, que fique claro: além dos ares femininos que o “clube do bolinha” aqui ganhou, me disponho a dar uma abrasileirada no conteúdo dos posts.


Móveis Coloniais de Acaju

A nova grande banda de Brasília! “Com o nome baseado em um evento histórico - um conflito na Ilha do Bananal - os Móveis Coloniais de Acaju formam uma banda de estilo singular. Ao que já foi autodenominado, em termos gastronômicos, de 'feijoada búlgara' é possível perceber o rock e ska com a influência de ritmos do leste europeu e música brasileira.” Móveis parece uma caravana sonora que nos arrasta junto deles, rumo à boa música! Além da formação nada convencional – 10 músicos – Móveis consegue mesclar sons e prova que o jazz, a bossa, o rock, o ska conseguem, e muito bem, andarem juntos. Móveis também apresenta um projeto músical que deixa qualquer bom ouvinte eufórico. O nome do projeto ? Móveis Convida! “Esse foi o jeito que achamos pra quebrar a barreira do tal eixo Rio/São Paulo. Levamos bandas de fora pra Brasília e damos espaço para as bandas de lá também. Nós tentamos dar uma estrutura legal e tal. Eu considero um tremendo sucesso. Já fizemos com Rádio de Outono, Ludov etc.” Explica Fábio Pedroza, baixista. O sucesso da banda não se deve apenas devido as boas idéias e aos bons projetos mas, sem dúvida alguma, por não terem medo de experimentar coisas novas e que, até pouco tempo atrás, soariam no mínimo bizarras!

Móveis Coloniais – Trama Virtual






DELICATESSEN, JAZZ + BOSSA.
Delicatessen é a prova de que o Brasil, pai da revolução de João Gilberto, onde menos é mais, também sabe tocar e cantar em inglês. Tão bem quanto os americanos. Melhor que suecos, que japoneses. Se o canto forte do jazz veio das igrejas, o canto delicado não. Ouvi com gosto todas as 14 faixas do cd de estréia desse quinteto gaúcho e, como já era de se esperar, me apaixonei pela doce e leve voz de Ana Kruger e pela suavidade das canções! Ana reúne delicadeza, timbre, doçura, timing, e uma persona pronta para cantar jazz. Delicatessen nasceu da vontade que o publicitário e aficionado por música Beto Callage tinha de produzir um disco que combinasse o estilo cool e intimista das cantoras de jazz dos anos 50 com a simplicidade refinada da bossa nova. O resultado ? Um trabalho sem afetações, sem pretensão, sem virtuosismo, leve, radicalmente simples e delicado!



Delicatessen – Jazz + Bossa