quarta-feira, agosto 06, 2008

Cydonia is here!

Muse - São Paulo, HSBC Brasil, 31/07/08

Bem, tô muito atrasado pra escrever sobre o show e vocês provavelmente já leram sobre o dito cujo por ai, né?

Pois é, imagino que sim. Mas sabem como é, né? Férias, preguiça, e ainda alonguei minha estadia em Sampa City pra conhecer uns lugares legais, tipo um bar onde tem long neck de Heineken por 8 reais! É sério. E tem um chopp horrível de uma tal de Guiness pela bagatela de 14 reais! É sério [2]. Mas pelo menos eles davam amendoins de graça...
Felizmente fomos nesse buteco (haha) só pra conhecer. Depois partimos pra tal da Vila Madalena e sentamos num barzinho bem aconchegante com jazz/bossa ao vivo e onde tinha, pra felicidade do Rafui, a maior porção de mandioca frita que ele já presenciou na vida.

Enfim...Muse, pode ser?
Chegamos na fila umas 3 horas antes da abertura dos portões do HSBC Brasil e conseguimos enfretar bem o tédio com batatas fritas, chocolates, refrigerantes e com a Thaís, que não parava de fazer mímicas de filmes famosos pra gente tentar adivinhar. ¬¬''
E eu ainda tô pra entender o porquê de um povo na fila começar a gritar "OASIS! OASIS! OASIS!". Tá, eu sei que Oasis põe Muse no chinelo e que seria bem melhor um show dos Gallaghers. Mas poxa, nem eu me juntei ao coro dos deslocados. Era dia de "Musê! Musê!".
Bem, entramos e conseguimos (só pra constar, éramos 6: eu, Mariana, Dudu, Thaís, Tarta e Rafui) um lugar ótimo. De frente pro suposto local onde Matt Bellamy estaria em algumas horas e praticamente na grade, não fosse por um senhora de seus 60 e poucos (muitos) anos (juro que é verdade!) e por umas gordinhas aleatórias. Veio o show de abertura com o tal do Jay Vaquer...Posso pular essa parte, né? Obrigado...

As fotos fouram roubadas pelo Rafui em sites/blogs/whatever...

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As luzes se apagam e começa a já famosa introdução "Dance of the knights", que aparece na introdução do cd/dvd ao vivo H.A.A.R.P. Foram um dos momentos mais (in)tensos que eu já passei na vida. A galera empurrava tanto, mas TANTO que a seguinte cena foi a coisa mais surreal e irônica (essa palavra vai aparecer de novo, já já) possível: eu tentando desesperadamente conseguir um pouco de ar e me livrar das pessoas me enrabando e empurrando e apertando enquanto Matt solta o ápice da épica Knights of Cydonia: "No one's gonna take me alive, time has come to make things right, you and I fight our rights, YOU AND I MUST FIGHT TO SURVIVE!". Eu nunca concordei tanto com uma letra de música igual essa.
Acabou a música, e eu com a esperança de darem um segundo pra galera (eu) respirar um pouco, acalmar os nervos e tal. E não é que o féladamãe do baixista começa o riff insano de Hysteria? Pois é, falei que a tal da irônia iria voltar. Nunca fez tanto sentido o nome de uma música igual nessa exata hora. E a "hysteria" foi tanta que tivemos que sair do nosso lugar (des)privilegiado. Só não pergunte como, por favor.

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Depois disso passamos umas 2 ou 3 músicas em lugares diferentes, procurando uma boa visão do palco, até descobrir que a área vip tava sem segurança (!!!). Ótimo, apesar de um pouco longe do palco, ela ficava no mesmo nível de onde a banda tocava e a gente via todo o público meio que de cima, sacoé? Hahaha. Sem contar que a qualidade do som que a gente recebia era muito melhor e assustadoramente fiel ao H.A.A.R.P. Minha única lamentação foi não ter visto de perto o Matt empunhar sua guitarra de 7 cordas pra tocar a maravilhosa-insana-fantástica-quase-épica Citizen Erased, com certeza a surpresa da noite. Nessa hora eu me lembro de ter saído pulando descontrolado ao redor de onde eu estava. =P

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Resumindo o resto do show, os caras são F-O-D-A-S, tocam pra caralho ao vivo e com certeza merecem continuar ganhando prêmios de melhor perfomance de rock atual, como já vêm ganhando há algum tempo.
Duas merecidíssimas menções honrosas: Plug-in baby, que pra mim era só mais uma excelente música da banda, ganha peso e intensidade assustadora ao vivo (né, Thaís? Hahaha). Foi durante a música que surpreendentes balões gigantes começaram a cair do teto e a quicar no público. Quando eram estourados, milhares de papéizinhos pequenos saiam de dentro deles criando um efeito bem legal e que marcaram o término do setlist da banda, antes de voltarem para o bis.
E a outra menção honrosa vai para a minha música favorita da banda e que, como eu já esperava, superou minhas expectativas de como ela pode ser D-O-C-A-R-A-L-H-O ao vivo. Stockholm Syndrome! Intensa e pesada do começo ao fim. Com seu riff de guitarra urgente, me fez pular e viajar durante seus 5 minutos costumeiros (alguém me explica o que foi aquele refrão com todo mundo cantando em uníssono "Thiiiis is the laaast tiiiime I'll abaaaandon yooooooooooou"?!?!?!?!) e mais uns 2 ou 3 minutos pós-música tocando riffs igualmente pesados e bem executados. Memorável!

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Algo que eu pude notar ao vivo e que ás vezes pode passar um pouco despercebido pra quem só escuta o cd em casa: sem tirar o mérito dos outros dois integrantes, mas é impressionante ver o baterista Dominic Howard moendo sua bateria ao vivo. Ele é a alma do grupo no palco. Calma gente, eu sei, eu sei. O Matt é genial na guitarra/piano/vocal/oboé/harpa/cavaquinho/ventilador no cabelo, e o Chris é tão essencial pra banda que ela não seria nada sem suas linhas de baixo impecáveis e seus backing vocals. Mas ao vivo, na minha opinião, quem rouba a cena é Dom e seus pratos, bumbos e o escambal. A energia que ele demonstra e a vontade de estar ali tocando pra uma galera fanática com a banda é arrepiante. Quase vale a pena ir no show só pra ver ele tocando o final de Stockholm Syndrome. Pra quem presenciou, sabe do que eu tô falando. Ou como diria Tarta, "If you know what I mean...".

Apesar do set curto (15 músicas + riffs), o show foi estrondoso e totalmente compensador! E pra quem perdeu, uma mensagem nada esportiva: SE FODERAM, LOSERS!!!!

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Setlist:

Intro
Knights of Cydonia
Hysteria
Bliss
Map of Problematique
Supermassive Black Hole
Butterflies and Hurricanes
Citizen Erased
Feeling Good
Bass Jam
Invincible
New Born
Starlight
Time is Running Out
Plug in Baby

Bis:
Stockholm Syndrome
Take a Bow
_____________________

*Agora só falta Radiohead, pra eu poder morrer feliz. =D

*E vou ver se consigo os links pedidos nos comentários do post anterior, ok?


E como disse Dom, ao fim do show: "Cheers!"